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AD no bairro do Belém em São Paulo |
Por Gutierres Fernandes Siqueira
Na edição deste domingo o jornal O Estado de S. Paulo [leia aqui] divulgou dados interessantes sobre um processo que o periódico chama de “pulverização”, ou seja, a fragmentação da membresia evangélica acentuada em pequenas igrejas e entre evangélicos desigrejados. Mas há outro dado curioso: o pentecostalismo cresceu, mas o pentecostalismo legalista e sectário caiu drasticamente na cidade de São Paulo.
Enquanto que a Assembleia de Deus ganhou mais de 140 mil membros na cidade de São Paulo na última década, a Congregação Cristã do Brasil perdeu 72 mil membros e a Igreja Pentecostal Deus é Amor perdeu 23 mil. É ainda cedo para uma conclusão, mas parece que o modelo de igreja megarígida e inflexível chegou ao fim em uma grande cidade como São Paulo. Não houve década que a Assembleia de Deus tenha mais aderido a flexibilização do que a década de 2000 e isso, ao que parece, ajudou no grande crescimento.
Resumindo em pontos:
1. Igrejas pentecostais rígidas (legalistas) e não flexíveis perdem membros.
2. Igrejas pentecostais que eram legalistas, mas que abandonam aos poucos essa tendência “fechada” ganham membros.
3. A flexibilização nos costumes e o crescimento pelo interesse no estudo teológico não prejudicaram o crescimento.
Portanto, falar em crescimento pentecostal demanda uma “vírgula”, pois as igrejas pentecostais que mantiveram as suas tradições como “ferro e diamante” perderam membros. E aí nasce outro ponto: os defensores da manutenção ad aeternum dos “usos e costumes” costumam alegar que a sua equilibrada liberalização inibirá o crescimento da denominação, pois se o crescimento sempre existiu, então por que introduzir mudanças nas tradições? Ora, se a Assembleia de Deus continuasse aquela igreja “sectária e legalista” da década de 1990 teria perdido membros da mesma forma que a Congregação Cristã e a Deus é Amor.
CARA IRMÃO A BÍBLIA DIZ QUE O CAMINHO É ESTREITO E LARGO É O Q CONDUZ A PERDIÇÃO,Ñ SEI QUAL O PONTO DO ESTREITO Q A BÍBLIA DIZ,MAS POSSO Q O CRISTÃO TEM Q SER LUZ DO MUNDO E SAL DA TERRA,TEM Q A HAVER UMN DIFERENÇA.
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Prezado Gutierres, tenho ressalvas às suas conclusões, especialmente às que ligam liberalização dos costumes ao crescimento. A fase que mais a AD atraiu membros foi quando era mais rígida. Claro que os exageros aconteceram. Aliás, a abordagem conservadora nos permitiu uma razoável e positiva diferenciação, como registra o Reinaldo Azevedo, um jornalista católico. Nas palavras dele, quanto mais a Igreja Católica se abria, mas se diferenciava. E mais perdia adeptos!
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Creio que essa fase a qual o Daladier se refere se situava num momento em que a AD era a única igreja que realmente que evangelizava. Era pioneira, e líder na evangelização. Mas nos anos 70 e 80 veio a concorrência, e as suas lideranças tiveram que ser pragmáticas. Caso contrário aconteceria isso que o Gutierres destacou em seu blog.
Abraços!
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Daladier, a paz!
Bom, na análise do jornalista Reinaldo Azevedo, da qual eu também li, ele não estava falando de “usos e costumes”, mas naquele texto ele fazia uma crítica aos católicos “progressistas”, ou seja, aqueles que estão mais preocupados com uma suposta agenda social (que na verdade é política) da Teologia da Libertação. Com toda certeza, o Azevedo não se referia aos costumes, mas sim falava da essência doutrinária na área de valores.
E, como lembrado pelo Mário, o crescimento forte da década de 1970 e 1980 se deu no contexto hiperlegalista, mas certamente que isso não se repetiria na última década. Exemplo disso é a Igreja Pentecostal Deus é Amor. É visível que essa denominação, dominada pela ideias tresloucadas dos assembleianos de antes, está cada vez mais vazia. Já quase não existe grupos juvenis nessas igrejas.
Abraços!
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Prezados irmãos,
Acredita-se que todo extremo é prejudicial, pois atrapalha o crescimento genuinamente bíblico. Particularmente e baseado na bíblia, acredito que toda mudança não deve trazer escândalo e possíveis prejuízos para a obra do Senhor Jesus. Acredito que às pessoas( liderança Cristã) deveriam perguntar para Jesus se ele concordaria com tais mudanças. Percebe-se que essas questões são consensuais, é óbvio, após consultar a teologia( bíblia) e passar pelo concílio.
Um forte abraço!
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